Pequena e ágil 

A toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus) é uma espécie discreta, mas fascinante, que vive nas cabeceiras dos rios do Norte e Centro de Portugal. Atualmente classificada como “Em Perigo”, a sua situação tem vindo a agravar-se, com uma distribuição cada vez mais fragmentada e sinais evidentes de declínio.

Estima-se que existam menos de 10.000 indivíduos adultos no país, sendo que a maior subpopulação conhecida não ultrapassa os 1.000 exemplares.

Entre as principais ameaças à sua sobrevivência estão a fragmentação e poluição dos rios, as secas extremas agravadas pelas alterações climáticas e a predação por espécies invasoras, como o vison-americano.

A proteção desta espécie é urgente – não só pela sua raridade, mas também porque a sua presença indica ecossistemas ribeirinhos saudáveis e bem conservados.

A toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus) é uma espécie da Península Ibérica. Pode ser encontrada no noroeste de Espanha e no norte de Portugal, estendendo-se a regiões montanhosas com rios limpos e bem oxigenados. Atualmente, encontra-se principalmente no norte e oeste da Península Ibérica, mas em muitas áreas a sua presença desapareceu ou é mínima.

Ameaças que enfrentam

A sobrevivência da toupeira-da-água está ameaçada por várias pressões causadas pela ação humana. A construção de barreiras, canais e a remoção da vegetação das margens dos rios altera o fluxo natural da água e destrói os seus refúgios e áreas de alimentação.

A poluição por produtos químicos, pesticidas, esgotos e fertilizantes afeta a qualidade da água e reduz a disponibilidade de alimento, ao impactar a biodiversidade dos invertebrados aquáticos dos quais a toupeira-da-água depende.

As alterações climáticas agravam o problema, com secas mais longas e temperaturas elevadas que afetam o seu habitat e reduzem a disponibilidade de alimento.

Porque importa proteger a toupeira-da-água

A toupeira-de-água é sensível à qualidade e integridade dos rios, por isso a sua presença ajuda-nos a perceber se os ecossistemas fluviais estão saudáveis.

A WWF está a agir para proteger esta espécie ameaçada através da monitorização sem perturbar os animais, do restauro de rios e da gestão cuidada das populações –  medidas essenciais para garantir a sua sobrevivência a longo prazo.