Paisagens Resilientes
Mais floresta preparada para o fogo
Em Portugal, os incêndios florestais têm-se tornado cada vez mais frequentes, intensos e difíceis de controlar. Para mudar este ciclo, é urgente restaurar a paisagem agro-florestal, alterando o uso do solo, para a tornar mais resiliente ao fogo.
A chave é atuar na prevenção e transformar a paisagem florestal. Na WWF Portugal atuamos no terreno para recuperar os ecossistemas florestais nativos mas também para manter áreas abertas de pastagem, permitindo conservar a biodiversidade e apoiar as atividades agro-pastoris das comunidades locais.
Promovemos uma paisagem diversa, produtiva e multifuncional, que preserva o solo, promove a infiltração da água e retém carbono, ao mesmo tempo que reduz o perigo dos grandes incêndios.
“O fogo é um elemento que sempre esteve e estará presente nos ecossistemas mediterrânicos.”
Porque agimos
- Mais de 75% da superfície ardida na UE entre 2011 e 2021 ocorreu em Portugal e Espanha
- Os incêndios estão cada vez mais intensos e difíceis de extinguir
- As extensas áreas contínuas de floresta cultivada e o abandono rural aumentam o perigo e o impacto dos incêndios
O que fazemos no terreno
Plantar Água
Na Serra do Caldeirão, no Algarve, estamos a restaurar habitats e a melhorar o ciclo da água na região, com benefícios diretos para a floresta e para as comunidades. Desde 2019, estamos a restaurar um total de 200 hectares com vegetação nativa, contribuindo para a prevenção de incêndios, a retenção de água no solo e a proteção da biodiversidade. Descobre mais sobre este projeto.
Restauro Ecológico em Boticas
Na região do Barroso, fortemente afetada pelos grandes incêndios de 2016, estamos a recuperar 60 hectares de floresta e pastagem com o apoio do Grupo Bel. O objetivo é criar uma paisagem mais resiliente, rica em biodiversidade e menos vulnerável ao fogo, composta por áreas plantadas com espécies autóctones e áreas de pastagens para uso comunitário.
Assiste aqui ao vídeo sobre este projeto.
Restaurar Alvares
Com o apoio da Finerge, este projeto incide num troço da Ribeira do Sinhel e na conservação da sua biodiversidade. Inclui a remoção de plantas invasoras e o restauro ecológico de 40 hectares, combinando promoção da floresta ripícola e manutenção da vegetação natural nas encostas.
Para além disso, monitorizamos também a população de morcegos existentes nesta área. É um exemplo de como água, solo, floresta e biodiversidade podem ser geridos em conjunto, contribuindo ainda para reduzir o risco de incêndio.
Aldeias Resilientes em Loulé
A vontade política das autarquias é da mais elevada importância pois, só com o seu apoio, conseguimos conservar os ecossistemas e a biodiversidade, envolvendo as comunidades locais.
A WWF Portugal e a Câmara Municipal de Loulé trabalham em conjunto no aumento da resiliência e redução do risco de incêndio rural em cinco aldeias no interior do concelho.
Este projeto inclui a limpeza de matos e redução de biocombustível, a diversificação das espécies de árvores e arbustos (incluindo a plantação de espécies autóctones), a compartimentação da vegetação em mosaico, a eliminação de espécies exóticas invasoras, entre outras ações acordadas com os proprietários rurais.
Pedras Salgadas: Recuperar, Expandir, Proteger
Em parceria com o Super Bock Group, alargamos a área florestal contígua ao Pedras Salgadas Spa & Nature Park, com uma intervenção de 6,3 hectares adicionais. A plantação de espécies nativas, o controlo de espécies invasoras e a gestão do solo têm como objetivo aumentar a resiliência ao fogo e a capacidade de retenção de água.
Plantar Montado
Dando continuidade ao restauro ecológico na Serra do Caldeirão, recuperamos 100 hectares de áreas de montado de sobro e azinho, um ecossistema único que, bem gerido, pode ser muito resistente ao fogo.
Com vegetação nativa e práticas sustentáveis, contribuímos para uma paisagem que protege os recursos naturais e garante meios de subsistência locais. Assiste aqui ao vídeo sobre este projeto.
