Biodiversidade Marinha
Proteger o oceano por um planeta com futuro
O oceano é o maior e mais vital ecossistema do planeta, mas também o mais ameaçado. A biodiversidade marinha está a desaparecer a um ritmo alarmante. Espécies como tubarões, raias, golfinhos, tartarugas e aves marinhas enfrentam ameaças constantes: pesca que captura espécies acidentalmente, destruição de habitats, poluição e alterações climáticas.
Na WWF Portugal, trabalhamos para proteger estas espécies e os habitats de que dependem. Mas esta missão é de todos – sem biodiversidade, não há oceano saudável, nem futuro sustentável.
“Dependemos do nosso oceano para o futuro da vida na Terra, e o nosso oceano depende de nós para curar os danos que infligimos.”
Jane Goodall
O que está em causa
- O desaparecimento silencioso de espécies marinhas ameaça o equilíbrio dos ecossistemas.
- A perda de biodiversidade compromete a pesca, o clima e a qualidade de vida humana.
O que faz a WWF
Em Portugal, a WWF concentra os seus esforços em várias frentes para travar a perda de biodiversidade marinha, através de soluções assentes na ciência, no conhecimento de quem trabalha junto das espécies e na participação ativa da sociedade.
A conservação de tubarões e raias é um dos nossos grandes focos, pois estas espécies são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Das 1200 espécies de tubarões e raias conhecidas, atualmente mais de 36% estão ameaçadas, sendo este o segundo grupo, depois dos anfíbios, com mais espécies ameaçadas de extinção do planeta.
Algumas espécies em particular, como é o caso do tubarão anequim, são muito vulneráveis à pesca. O consumo “escondido” destas espécies também está a acelerar o declínio. No entanto, a boa notícia é que ainda estamos a tempo de agir. Ao fazer escolhas mais conscientes e pressionar os governos a adotarem políticas de proteção mais eficazes, podemos proteger essas espécies e garantir um futuro mais sustentável para os oceanos.
Outro foco da nossa ação é o Observatório Golfinhos no Tejo, um programa de voluntariado ambiental para a monitorização (a partir de terra) de cetáceos no Estuário do Tejo. Aqui, recolhemos dados científicos essenciais sobre a presença e o comportamento de golfinhos no Estuário do Tejo.
Para além do contributo científico, este projeto envolve a comunidade através de um programa de voluntariado ativo. Se tens formação na área científica podes receber formação e participar na recolha de dados, contribuindo diretamente para a conservação dos golfinhos e para uma maior ligação entre as pessoas e o oceano.
Reduzir a captura acidental de espécies ameaçadas é outro dos grandes desafios para proteger a biodiversidade marinha e é nesse sentido que a WWF Portugal integra o projeto europeu CIBBRiNA, que une pescadores, cientistas, autoridades e organizações da sociedade civil de 13 países para reduzir a captura acidental de espécies marinhas em perigo, como cetáceos, tartarugas e aves marinhas, tubarões e raias.
Em várias pescarias, estas espécies não são o alvo da pesca, mas acabam por ser capturadas ou feridas acidentalmente, sendo este um problema silencioso que ameaça a sobrevivência de populações já em declínio.
Através da conservação de espécies ameaçadas, ciência participativa e colaboração europeia, a WWF Portugal está a criar soluções concretas para proteger a biodiversidade marinha e, com ela, o futuro do oceano.